“Filipa, és a maior”
Filipa Martins, voltou a escrever história no desporto nacional ao tornar-se a primeira portuguesa a apurar-se para a final do concurso “All Around” de Ginástica Artística dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Aos 28 anos a ginasta do Acro Clube da Maia conquistou a 20.ª posição nos jogos Olímpicos e tornou-se a atleta que conseguiu a melhor marca de sempre para a ginástica portuguesa.
Filipa Martins foi recebida, esta terça-feira, 6 de agosto, no aeroporto Francisco Sá Carneiro, em Pedras Rubras, pela Vice-Presidente da Câmara Municipal da Maia, Emília Santos, pelo Diretor da Delegação Regional do Norte do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), Vítor Dias, Federação Portuguesa de Ginástica, Luís Arrais, pelo Presidente do Acro Clube da Maia, Manuel Barros e por um público que não arredou pé para receber a ginasta.
E recebeu-a com palmas, cartazes a dizer “Filipa, és a maior”, “és o nosso orgulho” e muitos pedidos de autógrafos.
De regresso a casa, “estamos muito gratos por tudo aquilo que conseguimos viver lá (em Paris) estas semanas, sentimo-nos realizados e concretizados, por isso receber este calor todo na chegada é muito bom, muito gratificante”, referiu a atleta, que agora só pensa em descansar, aproveitar as férias, recuperar o corpo.
A atleta considera que o resultado alcançado espelha um trabalho de anos. “Já temos vindo a conseguir resultados únicos para a nossa modalidade, em Portugal, já há alguns anos, por isso, acho que a modalidade tem vindo a crescer bastante e espero que continue a crescer ainda mais”. E apelou a que se aposte mais na modalidade, “que é tão difícil e que é tão bonita, para ver se isto continua a levar um bom rumo”.
Ainda em Paris, depois da final, Filipa Martins ficou a saber que o resultado alcançado estava a ter impacto em Portugal. Por isso, agora, “é aproveitar este momento, aproveitar a energia positiva que paira aqui e aproveitar para ver um bocadinho mais a nossa modalidade”.
Questionada pelos jornalistas sobre a presença em três jogos olímpicos consecutivos, Filipa respondeu que “Tóquio foram momentos difíceis por causa do Covid, Rio foi ‘UAU’ a realização de um sonho e Paris foi incrível”.
Aos jornalistas garantiu que valeram a pena todos os sacrifícios pessoais, todas as dores, todas as lesões. “Sem dúvida. Acho que fez de mim uma mulher mais forte e acho que não foram sacrifícios, fiz sempre com muito amor e com muito gosto”.
Fotografia: Mário Santos / CM Maia