Parque Urbano de Moreira foi inaugurado
Equipamento preserva espaço ecológico, estético e sensorial
O Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, inaugurou, esta quarta feira, o Parque Urbano de Moreira, concretizando mais um jardim de proximidade que é colocado à disposição da população para momentos de convívio e de fruição.
O espaço, localizado nas traseiras do edifício sede da Junta de Freguesia de Moreira, é fruto da política ambiental de criação de zonas verdes e de lazer do Município e preserva um rico espaço ecológico, estético e sensorial.
De acordo com António Silva Tiago “os espaços verdes devem ser desenhados para serem desfrutados e, ao mesmo tempo, devem desempenhar múltiplas funções ambientais e sociais, como seja a oferta de serviços ambientais e o incentivo a atividades ecológicas”.
Este é um parque que tem por grande objetivo levar as crianças a interagir com os elementos naturais, apreciando texturas, sombras, aromas e criando emoções em grande relação com a árvore e onde a emoção e a criatividade de cada um, ou em grupo, permitem fazer deste parque de recreio um novo parque de todos os dias.
Este espaço público requalificado resulta de uma intervenção numa mata mista de árvores de folha persistente e de folha caduca, por onde passa um ribeiro.
Valorização da linha de água e mata
Os trabalhos realizados tiveram por base a criação de acessos pedonais entre as vias limítrofes e os equipamentos públicos existentes, nomeadamente a junta de freguesia e o centro de saúde, a integração de um elevado número de elementos de recreio para crianças e jovens, e a manutenção do carácter e identidade do local preservando-se e valorizando-se a linha de água e a mata.
Uma parte substancial dos eucaliptos e acácias presentes foram eliminados por serem espécies de baixo interesse ecológico, tendo-se acentuado o carácter naturalista do local desenvolvendo-se uma mata com espécies pertencentes à fitoassociação do carvalhal com a plantação de sobreiros, carvalhos alvarinho e pinheiros mansos.
Foram usados a madeira e granito por serem materiais com menor pegada ecológica. Por outro lado, a madeira resultante dos abates das árvores e arbustos foi mantida no local sendo reutilizada em equipamentos de recreio infantil e juvenil, no tratamento da linha de água e no revestimento do solo.
A linha de água, cujos taludes marginais apresentavam questões relacionadas com erosão e a presença de infestantes que afetavam o correto escoamento das águas pluviais, foi intervencionada tendo-se construído mini-açudes para redução da velocidade de escoamento da água.
A Casa em Pedra pré-existente que se situa no interior do parque e que está a funcionar como abrigo e armazém foi preservada na sua estrutura, imagem e função, tendo agora adjacente uma área de piquenique. Também nessa zona está localizado um espaço de recreio infantil e juvenil que apela à descoberta e à aventura.
O acesso ao novo parque está facilitado com o prolongamento da Avenida do Doutor José Vieira de Carvalho até à Rua Cruz das Guardeiras e suas ligações à Rua do Santo Lenho e Rua de José Estevão, que foi inaugurada no mesmo dia.
Fotografia: Mário Santos / CM Maia