Intervenção nos blocos 41 e 42 do Sobreiro vai arrancar

Um dos principais objetivos da intervenção de reabilitação urbana levada a cabo no Empreendimento Habitacional do Sobreiro foi abrir o bairro à cidade e é isso que se pretende concluir com a reabilitação que vai arrancar, em breve, nos blocos 41 a 47. Mas isso só será possível com a ajuda dos moradores.

Foi essa a mensagem que o Presidente da Câmara Municipal da Maia, quis passar, esta terça-feira, ao final da tarde, durante a apresentação do projeto que a Espaço Municipal fez para os moradores. António Silva Tiago quis mostrar-lhes o que vai ser feito, “porque eles são importantes para o sucesso do projeto”, mas apelou à sua compreensão, uma vez que a intervenção vai ser realizada com as pessoas a habitar no interior.

“Em 2017, vim dizer-lhes que este espaço ia ser objeto de uma revolução amigável, sadia e responsável e dizer-lhes que íamos fazer obras e fazê-las bem. Essa revolução está a acontecer. Os outros já tiveram obras e agora vamos intervir nestes sete blocos, que pensamos inicialmente demolir, mas, depois achamos melhor manter e dar-lhes este carácter mais polivalente”, explicou o autarca da Maia.

“Vamos arranjar os espaços públicos à semelhança do resto e vamos acabar a intervenção para que vocês possam usufruir destes espaços, tendo presente que não é fácil fazer as obras com as pessoas a viver no interior”, acrescentou António Silva Tiago.

“É muito importante a vossa ajuda e a vossa participação nas ações que queremos levar a cabo”, referiu o administrador executivo da empresa municipal. Nuno Lopes foi explicando aos presentes as grandes linhas da intervenção no edificado. Uma das principais prende-se com o aumento das condições de conforto térmico e de eficiência energética dos edifícios.

Linhas de Intervenção

A empreitada vai tratar do isolamento térmico nas fachadas, e na cobertura, com 12 cm, vão ser substituídos os esquentadores e cilindros por bombas de calor compactas elétricas, para aquecimento de águas sanitárias, garantindo a redução de consumos elétricos e vão ser instalados painéis fotovoltaicos para produção de energia elétrica, numa 2.ª fase.

A empreitada também contempla a renovação da imagem / envolvente exterior dos edifícios – blocos e torres, e a reabilitação de zonas comuns, através da aplicação de sistema de fachada ventilada com isolamento térmico, idêntico ao utilizado na reabilitação dos restantes blocos dos Jardins do Sobreiro.

Ainda no que toca às grandes linhas da intervenção no edificado, destaque para a substituição de coberturas de amianto por novas de naturocimento e inclusão de isolamento térmico; renovação do sistema de drenagem de águas pluviais e renovação das redes elétricas e instalação de iluminação LED nas zonas comuns, incluindo ainda aplicação de novo sistema de campainhas.

“A maior alteração tem a ver com a adaptação dos blocos para que os edifícios sejam acessíveis”, referiu Nuno Lopes. A construção de ascensores acessíveis externos vai obrigar a alterações nas habitações T4, passando a apartamentos T3. “Há uma alteração da zona de entrada e conversão do quarto de entrada em espaço comum, para melhoria das condições de acessibilidade”, justificou o responsável.

A obra implica, ainda, a renovação de algumas infraestruturas, dos revestimentos e louças das instalações sanitárias e dos espaços de cozinha, onde também vão ser aplicadas novas bancadas.

No que toca à intervenção no espaço público, vai ser requalificada a Rua do Picoto, com novos passeios, arborização em caldeiras e aparcamento e pavimentação de vias. Vai nascer uma nova praceta pavimentada na zona nascente polivalente, com 630 m2, que poderá funcionar como espaço informal de jogo e de estar; novas áreas ajardinadas na envolvente dos edifícios, incluindo jardim central, com uma área aproximada de 2.900 m2; novos atravessamentos pedonais.

A intervenção vai permitir organizar e aumentar a capacidade de estacionamento exterior no interior do quarteirão dos blocos, incluindo caldeiras com arborização e criar um novo núcleo para resíduos urbanos, com quatro equipamentos do tipo “Moloc”, na Rua do Picoto.

A intervenção vai começar nos blocos 41 e 42 e o concurso vai ser lançado na próxima semana.

Do projeto de reabilitação ainda faz parte a construção do Bloco 58, com habitações de tipologia 1. O novo edifício “Sobreiro 58” surge no âmbito do 1.º Direito / PRR e vai custar mais de 8,5 milhões de euros.

Um novo Centro Comunitário, a Civibox, é outro dos projetos que vai avançar. O local onde está o atual vai ser substituído por zonas verdes e o novo vai custar 7 milhões de euros. “Vai ser um centro onde, desde os bebés aos mais velhos, todos vão poder frequentar e usufruir de tudo aquilo que estiver ao serviço da população”, explicou António Silva Tiago.

Fotografia: Mário Santos / CM Maia

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