Presidente da Assembleia da República inaugurou a Bienal de Arte Contemporânea

Até 15 de outubro, a Maia abre portas à Bienal de Arte Contemporânea. A inauguração oficial aconteceu esta sexta-feira, ao final da tarde, no Fórum da Maia, e contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, e do Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

O dinâmico programa da Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2023, com curadoria de José Maia, além de inclusivo e democrático, pretende ser transformador numa rutura com o estabelecido, reconhecendo a importância do contacto direto com as pessoas.

“Na Maia acreditamos no poder transformador da Arte e no seu potencial para, através da perceção sensível, influenciar a cidadania a abraçar a nossa divisa coletiva: “Maia, uma comunidade onde todos contam e são importantes e onde todos somos responsáveis por todos”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal.

De acordo com António Silva Tiago “tem sido focados no desígnio essencial desta nossa divisa que nos orgulhamos de sermos uma comunidade plural, rica em diversidade humana e cultural, que tem sabido integrar socialmente e afastar-se da letargia da indiferença ou do alheamento”.

O Presidente da Assembleia da República aceitou o convite para estar na Maia porque, justificou, “faz todo o sentido que a Assembleia da República e o seu presidente se desloquem, sempre que possível, para fora da Capital porque representa todos os portugueses”. A própria Assembleia da República “é a Casa da Cultura, por excelência, e tal como a democracia, a arte “não vive sem liberdade”.

Por outro lado, referiu Augusto Santos Silva, “tenho estudado muito as políticas culturais autárquicas, desde a realização pioneira da Bienal de Cerveira, e são oportunidades para que os artistas possam apresentar os seus trabalhos e dialogar com os seus públicos e isso é importante porque precisamos de massa crítica”.

A Bienal

“Foi para caminhar – cuidar o futuro, com sentidos despertos, pensamento flexível, disponibilidade para o novo e o fulgor de imaginar – que aqui chegamos”. Para, numa dimensão humana e global, revelar um campo diverso de novas possibilidades e soluções.

A obra de arte encerra realidades que o futuro desvenda, mostrando o que está à vista, mas poucos veem. Liberta de realismos, abrindo-se a todas as possibilidades do real. A cultura, além de estimular a sensibilidade e a curiosidade sobre o desconhecido, proporciona o autoconhecimento, promove a esperança e amplia imaginários. Dessa forma, enriquece-nos com representações simbólicas que refutam as hegemonias culturais.

A Bienal de Arte Contemporânea da Maia 2023 pretende atuar no campo das utopias-realizáveis, apresentando novos autores e temáticas diversas. Vai ser um lugar de imaginário social, reflexão política e partilha cultural.

Enquanto mostra de arte jovem, a Bienal de Arte Contemporânea da Maia vai reconhecer os modos divergentes de ser jovem na sociedade contemporânea, reclamando a heterogeneidade da juventude.

A seleção de obras e eventos apresentados nos diversos espaços do centro da Maia pretende provocar reflexões sobre o lugar da cultura na democracia e na sociedade. Seguindo as direções do passado, e dando continuidade ao luminoso caminho percorrido, a Maia vai continuara a ser um lugar de pensamento crítico, experiência estética, formação artística, disseminação do acesso às artes e promoção da diversidade cultural. Um lugar do valor humano, intelectual, emocional e sensorial.

A Câmara Municipal da Maia acredita que os públicos convocados para os múltiplos eventos vão permitir expandir a bienal. Enquanto mostra de arte jovem, vai reconhecer os modos divergentes de ser jovem na sociedade contemporânea, reclamando a heterogeneidade da juventude.

A realização desta edição vai ser mais do que um momento de afirmação da cultura contemporânea na Maia, sublinhando também a importância e urgência da descentralização cultural. O objetivo é dar um contributo para a expansão do meio artístico nacional, revelando e explorando lugares de cultura que estão além dos grandes centros.

O programa da Bienal de Arte Contemporânea da Maia de 2023 apresenta uma variedade de eventos que contemplam a exposição central, mostras de performances, ativações performativas de obras, uma mostra de vídeo com extensão online, obras no espaço público, concertos, cursos e workshops com artistas, conversas e debates com agentes artísticos.

Nesta bienal de arte multidisciplinar vão coabitar criações trans e interdisciplinares que intersectam as artes plásticas com a literatura, a música, a dança, a performance, o design e o cinema. A exposição central no Fórum da Maia, nos espaços circundantes e nas ruas do Município vai ser uma oportunidade para enunciar e manifestar, criando espaços de convívio, partilha e conhecimento.

Toda a informação sobre a Bienal de Arte Contemporânea da Maia está disponível em: https://bienaldamaia23.pt/

Também pode interessar-lhe