Homem mais velho da Maia comemora 103 anos
Luciano Marques da Silva completou, esta sexta-feira, dia 31 de março, 103 anos de vida. Natural de Santa Cristina, freguesia de Folgosa, é, sem dúvida, o homem mais velho do Concelho da Maia.
A data foi comemorada junto da família e amigos e contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, do Presidente da Junta de Freguesia de Folgosa, Vítor Ramalho, e do pároco Domingos Areais.
Foi na Casa da Moutinha que Luciano Marques da Silva e a esposa viveram e constituíram família. Primeiro vieram os dois filhos, depois chegaram os dois netos. Antes disso, passou por Moçambique, onde fez o serviço militar e, depois, trabalhou durante sete anos. “Comprou um camião e fazia transporte de mercadorias”, contou a filha Maria José Marques. Mas o amor fez com que regressasse a Portugal e à sua Maia.
Apesar de estar a viver com a filha na Cidade da Maia, foi na casa de família que reuniu os amigos para o convívio. Ao seu lado, esteve a prima, com 95 anos. “Somos os únicos familiares da nossa geração”, referia o aniversariante.
Sentado no topo da mesa, Luciano foi saudando os amigos, à medida que foram chegando e não escondeu o momento e felicidade que partilhava com os presentes. Depois, apagou as velas e brindou com os presentes.
Recorde-se que na primeira vaga da pandemia, em 2020, Luciano Marques da Silva foi internado por estar infetado. Isso fez com que os 100 anos de vida fossem comemorados no Hospital de São João.
Para a história deste maiato fica a sua recuperação e a comemoração dos 103 anos.
Luciano Marques da Silva é sobrinho de D. José Alves Correia da Silva, que foi nomeado Bispo de Leiria, por bula de Bento XV, em 15 de maio de 1920.
Quando entrou na Diocese, D. José Alves Correia da Silva começou a desenvolver uma atividade notável de organização do bispado, estruturando o Santuário de Fátima, iniciando a construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, autorizando oficialmente o culto de Nossa Senhora, por provisão de 13 de outubro de 1930.
Foi, portanto, não só o grande responsável da credibilização das aparições como o principal obreiro a criar as condições para que tal acontecesse.
Fotografia_ Mário Santos / CM Maia