Trabalhos de reabilitação da Passagem Superior no Brás Oleiro

Trabalhos de reabilitação da passagem superior da ponte do Brás oleiro

Os trabalhos de reabilitação, reforço e alargamento da Passagem Superior à linha de Caminho de Ferro, na Rua D. Afonso Henriques, em Águas Santas, vulgo Ponte do Brás Oleiro, estão a decorrer fora dos períodos normais, não sendo possível desenvolver a maior parte dos trabalhos no período diurno.

De sublinhar que a linha férrea obriga a que os trabalhos só possam decorrer durante a noite, o que garante a segurança das populações e diminui os incómodos para quem utiliza aquela passagem aérea ao longo do dia.

As obras, no local, arrancaram há cerca de dois meses e estão a decorrer dentro do planeado.

É fundamental compreender que devido à necessidade de compatibilizar o andamento dos trabalhos com o normal funcionamento da linha férrea e para salvaguarda da catenária eletrificada, esses trabalhos só podem ser executados, em horários específicos, nos períodos de condicionamento e interdição da via férrea.

A obra avança com segurança entre as 03h00 da madrugada e as 08h00 da manhã, ao ritmo possível, tendo em conta que se impõe garantir a segurança de pessoas e bens e conciliar as demais condicionantes.

A Câmara Municipal da Maia compreende que para quem passa diariamente no local, não vendo ninguém a trabalhar, em horário diurno, possa pensar que a obra está parada. Mas a verdade, é que a empreitada nunca esteve parada, a não ser por condições climatéricas adversas e severas, como se tem constatado ultimamente.

Importa, ainda, referir que há trabalhos executados in Loco, que vão acontecer aos domingos.

Importa também sublinhar que muitos elementos estruturais são pré-fabricados em estaleiros próprios, mas fora da obra, precisamente, por razões de segurança relacionadas com a eletrificação de elevada tensão da catenária.

Adicionalmente, coloca-se uma outra questão que condiciona os trabalhos, em concreto, trata-se da existência de inúmeras infraestruturas urbanas, que atravessam a ponte que vai ser demolida e montada em duas partes, por forma a manter em serviço todas as infraestruturas de telecomunicações e de abastecimento de água a cerca de 70 000 habitantes.

Por último, é muito importante que as pessoas tenham plena consciência que a ponte está de tal forma deteriorada, pelo que não podia ser executada mantendo a circulação viária, por estar em perigo a segurança de pessoas, bens e a circulação dos comboios na linha férrea.

Foi por não ser possível, de todo, reabilitar a estrutura, pelo que está a ser construída uma totalmente nova em estaleiros próprios, fora do local da obra, sendo posteriormente montada no local.

Nesta fase, já foram executadas várias demolições, guarda-corpos, acrotérios e escavações, nomeadamente para os maciços de encabeçamento, micro estacas, desencabeçamento de micro estacas, demolição parcial da obra de arte, maciços de encabeçamento, ferrolhos e ancoragens.

Só depois de concluída esta fase, será possível colocar as 18 vigas, bem como as vigas de bordadura, elementos que, entretanto, já foram construídos nas instalações da construtora Mota Engil.

Todo o aço necessário para o tabuleiro já foi executado em estaleiro e a aguardar o momento para colocação na obra.

Brevemente, no período noturno, vai ser montado o cimbre, (cofragem que serve de molde para a construção da laje da nova ponte, no sentido de armar o aço dos maciços de encabeçamento, bem como da betonagem dos elementos constituintes da nova estrutura.

Depois da execução dos maciços de encabeçamento, no período noturno, vai ser demolido meio tabuleiro (Lado Nascente), sendo, possível colocar as vigas pré-fabricadas para execução de metade do tabuleiro, a que se segue a colocação da armadura de aço e a betonagem do tabuleiro.

Logo depois desta fase, vai proceder-se ao desvio de todas as infraestruturas urbanas existentes. Só a Meo Altice fez saber que necessita de, pelo menos, 15 dias para concluir a operação. Todo o processo volta a repetir-se, exceto os relativos a infraestruturas urbanas, na outra meia faixa do tabuleiro (Lado Poente).

A Câmara Municipal da Maia informa que está a acompanhar em permanência o evoluir da obra, encetando todos os esforços para que a mesma se conclua de harmonia com o previsto, concedendo toda a atenção às questões de segurança e à mitigação dos inconvenientes que os trabalhos, inevitavelmente, sempre acabam por acarretar para quem vive e circula naquela área. E apela à melhor compreensão cívica de todos, para o facto de ser necessária alguma paciência, tendo em vista os benefícios futuros de uma ponte com muito mais segurança e comodidade para quem necessita de a utilizar.

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