Apresentação do Plano de Mobilidade Sustentável e Transporte a Pedido
Com o objetivo de tornar a Maia uma cidade mais ciclável, mais caminhável mais humanizada, a Câmara Municipal apresentou, na quarta-feira, dia 21 de setembro no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade 2022, no Fórum da Maia, o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável.
O documento aporta na sua base concetual um conjunto de valores que o Executivo Municipal contemplou na estratégia MAIA 2028, alinhados numa visão de futuro em que se apresenta a sustentabilidade integral como um desígnio coletivo para o bem-estar e felicidade da comunidade humana que vive, trabalha e empreende investindo no território concelhio.
A mobilidade é, nesse âmbito da visão estratégica do Município, um eixo fundamental para alcançar a qualidade de vida, o bem-estar e uma vivência feliz da cidade e das diversas centralidades urbanas dispersas pelo concelho.
Os modos suaves da mobilidade coexistem e convivem harmoniosamente, integrando de forma racional e adequada às necessidades das pessoas, a diversidade da oferta de transporte coletivo, público ou privado, harmonizando corretamente os vários interfaces presentes no território.
Para o presidente da Câmara Municipal da Maia “o modelo antigo de mobilidade está esgotado e, principalmente, desadequado ao clamor da Natureza e do Meio Ambiente, sendo intolerável que se continue a lançar toneladas e toneladas de gases de efeito estufa, a produzir uma ensurdecedora poluição sonora e a dificultar a fruição serena e tranquila do espaço urbano”.
Para além dos problemas que já existiam, acrescenta António Silva Tiago, hoje também nos confrontamos com uma “colossal crise energética que atirou os preços para patamares proibitivos, face à escassez de algumas energias”.
Por isso, a opção pelas energias limpas e renováveis, “é uma decisão imperativa, que tem de ser articulada de forma corajosa com uma claríssima redução no consumo, em que os percursos pedonais e cicláveis se tornam a melhor, a mais consciente e responsável opção de uma cidadania esclarecida”, referiu.
É esta visão de futuro que constitui o ADN do Plano para a Mobilidade Sustentável do Município da Maia, “cuja plena execução e sucesso só será alcançado se os cidadãos o perceberem e aderirem às suas orientações e medidas, fazendo parte integrante e ativa deste processo”.
Transporte flexível
No meso dia foi, ainda, lançado o novo transporte flexível na Maia – Mobus Maia. Numa abordagem socialmente inclusiva, novo serviço de transporte a pedido, por marcação, oferece uma resposta flexível e ajustada às necessidades das zonas de menor densidade populacional, servindo sobretudo uma população mais envelhecida que, com frequência precisa de se deslocar a consultas médicas ou a serviços públicos.
Encontram-se já concluídas todas ações necessárias para o mesmo possa funcionar, nomeadamente a identificação de todos os pontos aglomeradores e de recolha e colocação do respetivo postalete.
O serviço está disponível nos dias úteis entre as 10h00-12h00 e as 14h30-17h00, sendo que as reservas devem ser efetuadas até às 17h00 do dia útil anterior ao dia pretendido para a viagem. As reservas efetuadas após as 17h00 ficam sujeitas a integração nas viagens já programadas.
O novo serviço de transporte a pedido pode ser reservado online na plataforma ou através do nº 227 667 046, sendo que cada viagem tem o preço fixo de 2,00 €/por viagem e é pago diretamente ao motorista.
Esta é uma solução de transporte a pedido, para ser implementada em cooperação com as juntas de freguesia, cuja filosofia é chegar a todo o lado, no cômputo do território concelhio, “favorecendo uma mobilidade útil, que ocorrerá para satisfazer necessidades concretas das pessoas, seja para ir a uma consulta médica, a um serviço público ou para tratar de assuntos que impliquem deslocações”, explicou António Silva Tiago.
Para o edil da Maia “é claramente um serviço inclusivo, socialmente amigável que vai, naturalmente, favorecer sobretudo a população sénior, os doentes, as pessoas com mobilidade condicionada. Creio que vai ser um serviço de grande utilidade pública e cujas deslocações só acontecerão porque haverá um propósito objetivo”, sublinhou.