Na Maia, quem reciclar mais vai pagar menos
Projeto “Recicle Mais, Pague Menos” arranca esta segunda-feira para 10.000 maiatos, e irá estender-se a metade do concelho já em 2022.
As famílias da Maia vão deixar de pagar os resíduos que reciclam. O projeto “Recicle Mais, Pague Menos”, iniciativa pioneira a nível nacional, começou hoje a decorrer em modo experimental para 10.000 pessoas (3.500 casas), distribuídas pelas freguesias de Vila Nova da Telha, Cidade da Maia e Moreira.
Este programa, baseado no princípio do poluidor-pagador, traduz-se na variação de tarifas conforme a quantidade de lixo indiferenciado que cada agregado produzir. Até ao final do ano, a poupança que advenha deste período experimental será doada a uma instituição de solidariedade. A partir de 2022, as famílias passarão a ver o ganho refletir-se efetivamente na sua fatura de resíduos sólidos, que atualmente está indexada ao consumo de água. Por essa altura, o projeto irá já abranger metade do concelho e, em 2024, a totalidade do território da Maia estará a pagar menos, reciclando mais.
Na sessão de apresentação do projeto, que decorreu esta manhã no Salão Nobre da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago deixou uma palavra especial de apreço à comunidade maiata, que, na sua visão, “merece reconhecimento público pelo elevado nível de civismo e consciência ambiental” que demonstra, através da “forma entusiástica e determinada com que aderiu aos programas municipais de educação ambiental, à recolha seletiva porta a porta, à reciclagem multimaterial, e como tem sabido utilizar os ecopontos e ecocentros”. Recorde-se de que, em 2020, a Maia alcançou um novo recorde na recolha seletiva de resíduos, com mais de 22 mil toneladas, e que a estes resultados se soma ainda o Índice de Retomas de Recolha Seletiva, que atingiu, no mesmo período, os 82kg por habitante/ano. Já a Taxa de Preparação para Reutilização e Reciclagem chegou aos 48%.
O Presidente da Câmara Municipal reconhece no programa “Recicle Mais, Pague Menos” um “marco histórico multidimensional”, um “sistema socialmente mais justo” através do qual será dado mais um passo rumo à sustentabilidade integral do território.