REACT EU: 4 milhões para ajudar a requalificar o Leça.

Os municípios da Maia, Matosinhos, Valongo e Santo Tirso assinaram ontem, com a Agência Portuguesa do Ambiente, Protocolo de Colaboração para concretização de ações de reabilitação da rede hidrográfica do rio Leça.

A sessão pública de apresentação dos projetos de reabilitação e valorização fluvial no âmbito do REACT EU – Assistência de Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa, que teve lugar no Convento de São Francisco, em Coimbra, com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do ministro do Ambiente e da Transição Energética. Na ocasião, foi assinado com a APA – Agência Portuguesa do Ambiente, um protocolo de colaboração para a concretização de ações de reabilitação hidrográfica do rio Leça, no valor de 4 milhões de euros.

António Silva Tiago, presidente da Câmara da Maia, sublinhou que “este protocolo vai contribuir para o financiamento do grande projeto metropolitano de recuperação do Leça para a fruição de todos. Outros financiamentos se seguirão, certamente, pois trata-se de um projeto de grande fôlego, que já está, aliás, a concretizar-se no terreno, com a execução do Parque Fluvial de Alvura, em Milheirós e, com as empreitadas em curso na Maia e em Matosinhos, de construção do Corredor Verde do Leça, um percurso pedonal e ciclável nas margens do rio, que na 1ª fase ligará, ao longo de 7 km, a Ponte de Moreira, na Maia, à Ponte da Pedra em Matosinhos.”

Os projetos a desenvolver, no âmbito do protocolo agora assinado, vão dar resposta parcial às necessidades identificadas nos Planos de Gestão de Riscos de Inundação, no âmbito da Diretiva Inundações e às medidas preconizadas nos Planos de Gestão da Região Hidrográfica que visam:

  • aumento da qualidade da água;
  • estabilização de margens e beneficiação de habitat para espécies ribeirinhas em domínio hídrico, através da aplicação de soluções técnicas de engenharia natural;
  • reabilitação de infraestruturas degradadas;
  • contenção de espécies invasoras;
  • eliminação de pressões hidromorfológicas;
  • criação de espaços de inundação natural;
  • ações de desassoreamento;
  • e intervenções para adaptação aos desafios das alterações climáticas.

O rio Leça nasce no concelho de Santo Tirso, percorrendo 48 quilómetros até à foz, no oceano Atlântico, junto ao porto de Leixões, depois de passar sucessivamente pelos concelhos de Valongo, Maia e Matosinhos. A bacia hidrográfica do rio Leça tem uma área de cerca de 185 km².

O escoamento anual na foz do rio Leça é, em média, de 107 hm3; o afluente que mais contribui para este escoamento é a ribeira do Arquinho, com 13,3 hm3. Os principais afluentes do Leça são a ribeira do Arquinho (também conhecido localmente como Avioso ou Almorode) e a ribeira do Leandro, ambas na Maia.

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