Parque Fluvial de Alvura, nas margens do Leça, vai avançar

Empreitada de construção do parque fluvial, nas margens do rio Leça, em Milheirós, foi adjudicada por 221 mil euros. Prazo de execução da obra está fixado em 90 dias.

A margem esquerda do rio Leça, em Milheirós, junto à Ponte de Alvura vai receber a primeira fase do designado Parque Fluvial de Alvura. O Município da Maia aponta a como objetivo imediato da intervenção a reabilitação e consolidação das margens do rio Leça como espaço de fruição pública. Mas, ao mesmo tempo, e não menos importante, a obra estabelecerá os parâmetros a observar nas intervenções que se seguirão nas áreas ribeirinhas, no âmbito do projeto intermunicipal do Corredor Verde do Leça.

Concretamente, o projeto de intervenção do Parque Fluvial da Alvura contempla limpeza do leito do rio, o controlo de espécies de flora invasoras, a consolidação da galeria ripícola e a criação de corredores e refúgios ecológicos para espécies vulneráveis. Mas, também, a criação de caminhos pedonais, a instalação de mobiliário urbano e a colocação de painéis informativos e interpretativos que convidam o visitante a desfrutar e a envolver-se no espaço natural que o parque pretende potenciar.

A área de intervenção, com cerca de um hectare, encontra-se em leito de cheia, pelo que a intervenção pretende também reduzir os riscos associados a fenómenos de cheias e inundações, aumentando a resiliência do ecossistema, aplicando soluções estruturais de base natural. Para o efeito está prevista a construção, no parque, de bacias de retenção, com a capacidade projetada de 183 m3, que permitirão reduzir e controlar os efeitos de “cheia rápida”, comuns na bacia hidrográfica do Leça, e promover a adaptação a eventos de pluviosidade extrema. As bacias de retenção desenhadas permitirão captar não só a pluviosidade que ocorre no parque, mas também captar a escorrência superficial das zonas urbanizadas em redor.

Silva Tiago, presidente da Câmara da Maia, autarquia promotora da obra, lembra que “esta é uma ação que se replicará tanto quanto possível ao longo da margens do rio, não só porque obedece à estratégia municipal de adaptação às alterações climáticas, mas, também, porque é urgente devolver o Leça, com toda a sua riqueza ecológica e identitária, ao usufruto das populações.”

Mais acrescentou o edil que esta intervenção estender-se-á, numa segunda fase, à margem direita do rio, estando prevista a criação no local de uma ponte pedonal de ligação entre margens.

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