COVID-19: Pico da 2ª vaga da pandemia terá sido atingido a 25 de novembro

Na Maia, Matosinhos, e no Porto a taxa de infeção já é inferior a 960 casos por 100 mil habitantes.

André Peralta Santos, médico, investigador e diretor de serviços de Informação e Análise da Direção-Geral de Saúde (DGS), disse ontem, quinta-feira, que o pico da segunda vaga da covid-19 em Portugal já passou, tendo sido atingido no passado dia 25 de novembro.

“Atingiu-se a incidência máxima cumulativa por via de notificação no dia 25 [de novembro] e há já uma tendência de descida que esperemos que seja consolidada nos próximos dias”, afirmou o investigador na reunião do Infarmed, onde peritos fazem um balanço das medidas tomadas para combater a covid-19 e analisam a evolução da doença no país.

Fazendo uma visão geral da pandemia em Portugal, André Peralta Santos fala num «desagravamento em vários municípios, sobretudo na região Norte», sublinhando contudo que continuam a existir «taxas de incidência muito elevadas». A região Centro, bem como Lisboa e Vale do Tejo, registam também uma tendência decrescente, já no Alentejo e nos Açores o cenário é inverso, segundo explicou.

Depois desta intervenção seguiu-se a de Óscar Felgueiras, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que traçou o cenário epidemiológico na região Norte, dizendo que se verifica uma «descida generalizada» e um «abrandamento de crescimento» do número de infeções.

Esta tendência é um reflexo de «uma clara melhoria» na região, segundo referiu, que se aplica à maioria dos distritos, exceto Vila Real. O responsável revelou ainda que nos municípios da Maia, Matosinhos e Porto a taxa de infeção já é inferior a 960 casos por 100 mil habitantes.

Por outro lado esses dados são sustentados pelo reporte estatístico da ARS Norte, à data do dia 2 de dezembro, a Maia é de todos os 18 concelhos do distrito do Porto aquele que apresenta o valor mais baixo (758,4) de incidência de casos nas últimas duas semanas (14 dias) por 100 mil habitantes, indicador que serve como referência para a aplicação de medidas restritivas aos concelhos.

Não obstante essa boa notícia, o Presidente da Câmara da Maia considera que não se deve esmorecer na luta mantendo-se premente a necessidade de manter a vigilância e as medidas excecionais decretadas.

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