Metro que vai ligar o Hospital de S. João à cidade da Maia tem de avançar


Artigo de opinião, publicado no Jornal de Notícias de 11 outubro de 2020

A linha do Metro que vai ligar o Centro Hospitalar de São João à cidade da Maia encontra-se contemplada no decreto fundador da Metro do Porto, que previa a sua construção logo na 2ª fase de expansão da rede.
Esta linha vai servir as populações de Pedrouços, Águas Santas, Milheirós, Gueifães e Vermoim, estando previsto continuar para Moreira até próximo do aeroporto Francisco Sá Carneiro e representará para largos milhares de pessoas uma melhoria concreta na sua qualidade de vida quotidiana, facilitando a mobilidade entre as suas residências e o S. João, o IPO, as 6 faculdades e outras instituições ali existentes, pondo ao seu dispor um meio de transporte rápido, cómodo e ambientalmente mais sustentável.
Sou um institucionalista convicto e entendo que a coesão territorial na AMP tem de ser construída na base da confiança e da cooperação entre pares no seio dos órgãos de governo das instituições. É nesses órgãos dotados de legitimidade democrática, que os problemas devem ser amplamente debatidos para que as soluções resultem de consensos sérios e tenham como consequência efetiva compromissos que não podem deixar de ser honrados. Aí, em sede própria, a Maia já foi, demasiadas vezes, solidária e cooperante, viabilizando soluções metropolitanas. É tempo de receber, agora, dos seus pares e da administração central, reciprocidade solidária, que já nos foi inequivocamente expressa neste jornal pelo Presidente da AMP, que de forma muito clara sublinhou a importância de completar toda a rede do Metro tendo em conta a lógica da sua rentabilidade global.
Confio nas instituições e nas pessoas que as governam e acredito que saberão honrar a palavra do Estado, enquanto pessoa coletiva de bem, que por decreto com força de Lei assumiu com a comunidade concelhia da Maia, o compromisso de construir esta linha de Metro, já lá vão mais de 20 anos.